Porque não gostei do final de Quando Se Tem Mais Uma Chance (The First Frost)
Esse padrão de ir e vir, de amar e fugir, parece muito mais uma repetição do ciclo de abandono que ela viveu. Eu sei que isso acontece na vida real, mas me doeu ver a série mO dorama tinha tudo pra terminar com chave de ouro, mas acabou escorregando num clichê que me decepcionou. A jornada da Yifan é linda, dolorosa e cheia de camadas — por isso esse final me doeu tanto. Bora conversar sobre isso?
C-DRAMA
4/19/20253 min read
Sim, hoje é dia de desabafar sobre o final de Quando Se Tem Mais Uma Chance, também conhecido como The First Frost. Bora lá?
Gente… antes de tudo: essa é só a minha opinião, tá? Se você amou o final, tá tudo certo. A gente se abraça no amor pelo Sang Yan e segue a vida. Inclusive, comenta aqui embaixo porque eu adoro ver outros pontos de vista! Mas no meu caso… ficou um gosto meio amargo. 🥲🥹
Quando comecei a série, foi amor à primeira cena. Gente, o Sang Yan... MEU DEUS. Um homem apaixonado, paciente, presente, daqueles que a gente assiste e pensa: 'Senhor, se estiver ouvindo, é disso que tô falando!' ❤️
Eu me apaixonei pelo personagem, pela história, e fiquei completamente imersa.. Eu fiquei completamente obcecada. Sério. Que casal! Que química! Que história! O Sang Yan é aquele tipo de homem que parece saído direto de uma fanfic feita sob medida. Um sonho de consumo. A cada episódio eu pensava “meu Deus, esse homem não existe… mas se existir, me liga!”. 🫠
A Wen Yifan também me tocou profundamente. Uma mulher forte, sobrevivente de traumas pesadíssimos, lutando todos os dias pra seguir em frente num mundo que machuca mulheres só por existirem. E essa construção foi muito bem feita! Ela me emocionou! A perda do pai, ser negligenciada e abandonada pela mãe, o silêncio da mãe e dos parentes diante dos abusos… tudo muito pesado, mas mostrado com uma sensibilidade que me ganhou.
Inclusive, palmas pra série por abordar temas tão delicados como violência de gênero, pais emocionalmente ausentes e a falsa ideia de que todo pai e mãe merece perdão só por ser pai ou mãe. Não, gente. Amor se constrói. E a cena em que ela diz “chega” pra mãe e se escolhe… que cena! Eu bati palmas em casa. Literalmente. 👏 A série manda muito bem nas críticas sociais!
Mas aí veio o final. E desandou.
A primeira vez que a Yifan foge do Sang Yan eu engoli. Adolescente, traumatizada, confusa, fugindo do que não entende. Ok, até aí, a gente abraça. Mas na segunda vez, eu fiquei tipo: não, amiga, não faz isso de novo. Não com esse homem! 😤
E vamos combinar? Esse padrão de ir e vir, de amar e fugir, parece muito mais uma repetição do ciclo de abandono que ela viveu. Eu sei que isso acontece na vida real, mas me doeu ver a série meio que romantizando esse vai-e-volta. Ou pelo menos levantar a discussão da repetição de um padrão disfuncional que ela viveu e que, reproduziu ao longo da vida, principalmente com Sang Yan. No final houve sim um movimento de rompimento desse ciclo, mas a forma que aconteceu, não fez muito sentido pra mim.
Outro momento que me deu aquele famoso ranço: quando ela diz que ninguém a ama, só ele. 😩
Como assim, mulher?! E a policial e a filha dela, que te acolheram quando você não tinha pra onde ir? E a melhor amiga, que sempre esteve do seu lado, mesmo quando você colocava mil barreiras? Ela teve, sim, muito amor ao longo da vida. E dizer que só o Sang Yan a amou me pareceu apagar essas relações tão lindas e verdadeiras.
Na psicologia tem uma ideia que eu amo: os relacionamentos machucam, mas também são eles que nos curam. E esse “curar” não vem só do amor romântico, não. Pode vir da amizade, da rede de apoio, de qualquer tipo de afeto genuíno e a série meio que ignora isso no final, escorregando num conto de fadas onde só o boy salva. E na real, a gente sabe que isso é meio que uma cilada e muitas meninas correm para esse tipo de salvação e na maioria das vezes, senão todas, encontram outros algozes.
Tá, ele solta uma frase fofa lá: “Quero que você seja amada por muitas pessoas”. Mas pra mim ficou meio discurso de Miss. Porque na prática, tudo gira em torno dele — e só dele. 😕
O meu final ideal?
Yifan entendendo que, mesmo sem a mãe, ela foi amada. Que teve gente do lado dela o tempo todo, inclusive Sang Ya, mas não apenas ele. Que teve pessoas incríveis que cuidaram dela, que torceram por ela. E aí, depois de se reconstruir com base nesse amor múltiplo… aí sim, um romancezinho com o Sang Yan como bônus. Não como salvação.
Mas enfim… ainda recomendo a série, viu? Porque apesar desse final que me deixou meio frustrada, Quando Se Tem Mais Uma Chance é linda, sensível e cheia de reflexões que valem a pena. Só queria que tivesse terminado com mais amor próprio e menos conto de fadas. 💔✨
E você? O que achou do final de Quando Se Tem Mais Uma Chance? Te emocionou ou também ficou aquele gosto de ‘podia ter sido melhor’? Segue a gente nas redes sociais e vamos conversar!

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