Kim Soo Hyun: O oppa, A adolescente e o Abismo Ético
Eu tentei não falar sobre isso, mas, aqui estou eu. Porque, convenhamos, nada diz "fim do mundo" como um homem de 27 anos namorando uma adolescente de 15 e ainda sendo defendido por MULHERES.
Mirae


Hoje vamos falar sobre Kim Soo Hyun — o ator mais bem pago da Coreia do Sul, fundador da empresa Goldmedalist e, aparentemente, especialista em transformar fãs em advogadas de defesa.
Kim Soo Hyun não só começou a namorar Kim Sae-ron quando ela tinha 15 anos e ele 27. Ele a conhecia desde que ela era uma criança de 9 anos — ou seja, teve uma década inteira para planejar como transformar uma relação de poder em algo digno de uma trama perturbadora. E para as marias oppas que já estão digitando "Com 15 anos, já dá pra saber o que tá fazendo!" Claro, porque toda menina de 15 anos tem a maturidade emocional de uma freira budista e a experiência de vida de uma CEO. E, obviamente, ela que procurou por isso — assim como um coelho procura a raposa.
Comecemos pelo básico: hoje na Coreia do Sul, relacionar-se com uma menor de 16 anos é crime. Na época que o namoro começou, não era, mas isso não quer dizer que era certo.
Kim Soo Hyun, como bom protagonista de um drama que ninguém pediu, decidiu que namorar criancinhas podia até pegar mal, mas não para ele. Afinal, quando você tem um rosto esculpido por anjos (ou cirurgiões plásticos), contratos milionários e fãs que te defendem com a fúria de um exército de zumbis, a ética e moralidade vira um detalhe.
Enquanto isso, nós assistimos a tudo como se fosse um episódio de Round 6. Kim Sae-ron, a menina que cresceu sob holofotes, foi perseguida por influencers sensacionalistas, esmagada por uma indústria misógina e abandonada por um sistema que protege homens poderosos. Mas, claro, o problema é ela, agora não é mais, ela está morta. Mas o problema não morre, não esse problema. Então o problema logo encontrará sua próxima vítima.
Mas a família concordava com o namoro "Por que não denunciou antes?" — Perguntam, ignorando que denunciar um astro global na Coreia do Sul é como tentar apagar um incêndio nuclear com um borrifador.
No fim das contas, Kim Soo Hyun é só mais um produto de um sistema. Suas fãs? São cúmplices voluntárias, defendendo um predador como se fossem pagas para isso (e talvez sejam, já que fanbases coreanas têm orçamento de pequenos países).
E a gente, sociedade que consome seus dramas e compra seus produtos, é o público que aplaude enquanto o palco pega fogo. Porque, no fim, ética é um conceito abstrato, justiça é um privilégio de ocasião, e a empatia morreu no segundo plot twist.
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